Por Adriana Antolin
Estes dias assisti novamente ao filme “O Bebê de Rosemary”, um clássico dos filmes de terror. Trata-se de terror psicológico, o tipo que mais gosto em filmes desse gênero. E eu sou o tipo de pessoa que gosta de olhar para a decoração em qualquer lugar que seja, até mesmo em filmes de terror. Como não se apaixonar pela cozinha da assustada protagonista? Linda!
A cor base da decoração do apartamento é amarela. Vê-se em todos os cômodos e detalhes. Aparece nas cortinas, papel de parede, detalhes das almofadas, mesa da cozinha, eletrodomésticos, louça, quarto do casal, banheiro, quarto do bebê…
Outra coisa que chama a atenção é o tamanho do apartamento. Na ficção fica no edifício Bramford, que é a representação artística do real Edifício Dakota, famoso por outros fatos também. Interessada na história do imóvel, fiz uma pesquisa a respeito e fiquei maravilhada com a grandiosidade do local.
Talvez o fato mais marcante acerca do Dakota seja o assassinato de John Lennon, que ocorreu no arco de sua entrada. John era morador do edifício, e Yoko Ono ainda mantem alguns apartamentos lá.
Mas, pra mim, incrível foi o modo como o mesmo foi concebido.
Ele foi construído entre 1880 e 1884, uma época onde edificações desse tipo (prédios) eram associadas a cortiços e as pessoas tinham resistência em trocar o conforto de suas casas por aglomerados verticais. Um dos primeiros edifícios de apartamentos luxuosos de Nova York, idealizado inicialmente para funcionar como um flat, não tinha como finalidade atingir a classe alta, mas sim a classe média alta. Contando com quadras de tênis, spa, suntuosas escadas de mármore, maravilhosas lareiras ornamentadas, um incrível pé-direito de mais de 4 metros, salas de jantar revestidas de madeiras nobres, vistas para o Central Park, entre outras amenidades.
Só mesmo mentes brilhantes e homens de visão para vislumbrar algo tão fabuloso. Tamanha era sua grandiosidade que possuía um elevador para carruagens, para que seus moradores pudessem desembarcar mais próximo de seus apartamentos. E havia um bloco que funcionava como estacionamento/estábulo.
Até hoje exerce grande fascínio entre os moradores de Nova York e turistas de todo o mundo.
(Imagem via)
(Imagem via)
(Imagens via)
Bom, falar mais dessa maravilha da arquitetura, com fotos de seu interior, fica para uma próxima ocasião. E talvez sobre o próprio longa.
Agora vamos ao que realmente motivou este post: o apartamento do filme.
Sala de estar:
No detalhe a grande janela e o sofá verde:
Lareira:
(Imagem via)
Quadros e vitrola:
(Imagem via)
Sala de jantar:
No detalhe a mesa de jantar, de dia e durante um jantar romântico (adorei ela estar em frente à essa janela):
(Imagens via)
Corredores, de entrada e entre a sala de estar e a cozinha:
Cozinha:
No detalhe, ainda na cozinha, bancada e papel de parede na porta:
(Imagens via)
Quarto do casal:
Cabeceira da cama do casal e criados-mudos:
Penteadeira:
(Imagens via)
Amarelo também nos lençóis:
(Imagem via)
Closet e suíte do casal:
(Imagens via)
Quarto do bebê, detalhe para o papel de parede:
(Imagens via)
Outros detalhes, como louça, porta trabalhada (linda!!), cortinas e mesinha de apoio para o telefone:
(Imagens 3 | 1, 2, 4 e 5)
Quem disse que não podemos tirar sugestões de filmes de terror? Rs
Cara, amei teu post!!! Tava precisando de uma foto da cena na cozinha em que aparece aquela luminária! Tipo agora 😛
Quando disse que algumas de minhas inspirações pra minha cozinha vinham desse filme, a galera sempre me dirigia um olhar estranho, obrigada pelo post 😀
CurtirCurtido por 1 pessoa
Hahaha!! Muito bom!!! Decoração e filmes são duas das minhas grandes paixões. Legal saber que te ajudei. Você já assistiu ao filme “The Darkness” (A Escuridão) com Kevin Bacon? A cozinha deles é simplesmente maravilhosa. Queria fazer um post sobre ela, mas não encontrei fotos… Muito obrigada pela visita, Clara, e volte sempre!! Beijos muitos.
CurtirCurtir
Não é por acaso o amarelo. É uma referência ao livro Papel de Parede Amarelo, primeira obra feminista da história da Jerkins. Que conta a história de um casal que se muda para uma casa de campo e a mulher é trancafiada no quarto e tratada como doida. É uma crítica a histeria, doença inventada para esteriotipar a mulher como doida e silencia-la.
CurtirCurtir
Obrigada pela cooperação, Rafael!! E por visitar-nos. Beijos muitos.
CurtirCurtir